Por um momento desejei mais estar em um bar daqueles podres, bem podres, tipo aqueles de esquina abertos até as 4 da manhã com uma tv velha exibindo um filme da globo com moscas em cima de mesas grudentas, enfim... PODRE, mais do que qualquer outra coisa no planeta.
Sinto muito mais sinceridade brota na sujeira explícita.
Vai entender...
Nunca tive vocação para bom menino politicamente incorreto.
Mas tbm nunca consegui ter uma vida calma e sempre fiz merda.
E, na real, demorou até pra entender que eu até gosto de fazer merda.
Porque, se você pensar direito, se todo mundo fizesse tudo certinho, nunca nada ia ter mudado na vida de ninguém.
Admirável Mundo Novo.
E, de boa, eu já me decepcionei o suficiente com as pessoas pra me importar com o que elas pensam ou não sobre o que sobra de minha vida.
Já fui utópico e idealista o suficiente pra abastecer quarenta anos adiante.
Agora me reservo o direito à descrença.
É estranho pensar assim.
Muita coisa perdeu o sentido pra mim.
E essa perda não foi nada suave.
Enfim...
A gente cresce com a idéia de que tem que acreditar em alguma coisa mas não imagina que a maior certeza de nossas vidas é que essa coisa, qualquer que seja ela, pode ser arrancada da nossas mãos sem nenhuma piedade como se fosse apenas, impossivel.
E é assim que a gente se torna adulto.
Perdendo os sonhos.
Ganhando um trabalho que te pague pouco e que te explore muito, que te dê um cabresto e um copo d'agua antes de dormir.
E só o que resta pra gente, nesse sentido, é o intervalo.
Fora isso, seguir em frente
(...)
Ou melhor... finge que nem leu tudo isso e vai dormir pq o seu despertador ja vai tocar para mais um dia...
de...
(...)
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