quarta-feira, 10 de setembro de 2008

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Sentado mastigo as estrelas mais uma vez.
De maneira que toco com o céu da boca os cantos mais escuros do universo
Resta agora um brilho opaco e decadente no canto da sala...e resta.
Como um dia restou a esperança, o amor, o ódio, a vingança...o pensar
Pensar que me leva a crer que não devo mais
Seguir a vida do jeito que ela sempre me guiou
A pureza e a bondade castigam aquele que restringe seus pensamentos e sentimentos à elas.
És puro, mas precisa da malícia para viver
És bom, mas precisa ser mal para saber enfrentar.
Tens a graça do sentimento a flor da pele, mas nao sabe ser frio.
Sabe apenas viver com paixão cada uma destas pegadas que deixa no chão.
E sabe que cada gota derramada é culpa sua, por não saber...
Mas ainda a gota é sua. É quente, mas te gela a alma.
Mas não o suficiente. Não a ponto de te arrancar a estrela. Aquele brilho opaco,
Que é tua razão de viver com paixão.
E tens novamente orgulho de ser como és.
Errando mais uma vez
Derramando a mesma lágrima mais uma vez.
Sendo quem tu és, mais uma vez.
Para no fim, não saber...

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